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Taxas que deixaram contas de energia solar mais caras são suspensas no RN

Conta de luz com energia solar fica mais cara no RN A Neoenergia Cosern, companhia concessionária da energia elétrica no Rio Grande do Norte, informou nesta s...

Taxas que deixaram contas de energia solar mais caras são suspensas no RN
Taxas que deixaram contas de energia solar mais caras são suspensas no RN (Foto: Reprodução)

Conta de luz com energia solar fica mais cara no RN A Neoenergia Cosern, companhia concessionária da energia elétrica no Rio Grande do Norte, informou nesta segunda-feira (17) que suspendeu temporariamente a emissão do faturamento dos clientes de Micro e Mini Geração Distribuída (MMGD II e III). A suspensão, segundo a Cosern, acontece desde semana passada. Neste mês, clientes que usam energia solar foram surpreendidos com contas até três vezes mais altas no Rio Grande do Norte. O Procon Estadual havia recebido mais de 100 denúncias. 📳 Clique aqui para seguir o canal do g1 RN no WhatsApp A Neoenergia Cosern havia informado que o aumento ocorreu porque os consumidores que instalaram sistemas de geração própria a partir de 2023 passaram a ter tarifas de distribuição e ICMS incluídos na conta. A empresa, naquela altura, que as cobranças seguiam: uma lei federal de 2022, que regulamenta o pagamento da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) de forma progressiva; e uma lei estadual de 1996 sobre o pagamento de ICMS pro segmento, que, segundo a empresa, não teria descontos aplicáveis para quem produz a própria energia. A suspensão, segundo a Cosern, ocorre enquanto a companhia "dialoga com o Governo do Estado a respeito do tema". "A decisão foi comunicada aos representantes dos Procons Estadual e Municipais em reunião realizada na sede da Neoenergia Cosern em Natal nesta segunda-feira (17)", informou. Casa com painel de energia solar Anderson Viegas/g1 MS/ARQUIVO Contas caras surpreendem clientes A servidora pública Ana Paula Pachelli, que estava acostumada a pagar cerca de R$ 50 por mês teve uma fatura em novembro três vezes maior. "Quando eu abri a fatura, R$ 175. Eu ia pagar e disse: não vou pagar não. Vou primeiro descobrir o que está acontecendo", contou. "A gente colocou a energia solar justamente para pagar um consumo menor. Poder usar um ar-condicionado a noite para dormir ou um escritório de dia para trabalhar. A gente trabalha home office. Tem agora duas contas. A parcela do financiamento e uma conta de energia alta", lamentou. O governo do Rio Grande do Norte negou qualquer mudança na legislação. "Tem um marco legal na geração distribuída de 2022, que autoriza as concessionárias de energia elétrica a serem remuneradas pelo uso do seu sistema de distribuição. E, nesse aspecto, todas as concessionárias brasileiras podem, sim, exigir dos seus consumidores essa remuneração por esse serviço", explicou a secretária executiva da Receita do RN, Jane Araújo. "É a única explicação, porque no aspecto da legislação estadual, do ICMS, não houve nenhuma mudança que pudesse ocasionar esse impacto", completou. Segundo a secretária, o uso do sistema de distribuição sempre foi tributado pelo ICMS. "Na verdade o que está havendo é uma remuneração autorizada pelo decreto 14.300, de 2022, que, ao ser incluído esse uso do sistema e essa remuneração para as concessionárias, passa, sim, a ser tributado pelo ICMS, como sempre foi, e garantido e assegurado pelo próprio STF", disse. Setor questiona cobranças Segundo representantes das empresas do setor de energia solar, o Rio Grande do Norte tem mais de 100 mil instalações de geradores solares e cerca de 4 mil pessoas trabalham no segmento. O grupo montou uma comissão e pede que o governo e a concessionária revejam as condições legais que fizeram as contas aumentarem. "Cobrança de ICMS que a gente julga que é indevida e também está havendo agora iluminação pública. A iluminação pública depois da reformulação do sistema de faturamento da Cosern, começou a cobrar da tarifa cheia um cliente, um cidadão que pagava R$ 10 de tarifa de iluminação pública hoje está pagando R$ 70, R$ 80", questionou o empresário Waldiney Godoy. "Isso é inadmissível, porque isso fere aquele senhor, aquela senhora que acreditou em toda a nossa cadeia produtiva e está ali lutando pra pagar sua continha de energia, lutando pra pagar seu financiamento", completou. Em estados como Minas Gerais, Goiás, Paraíba, Piauí e Mato Grosso, a cobrança do ICMS também foi aplicada este ano, mas acabou sendo questionada e suspensa pela Justiça. Vídeos mais assistidos do g1 RN

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